O VIII Congresso Interno da Fiocruz trouxe como tema A Fiocruz e o Futuro do SUS e da Democracia, expressando a preocupação e o compromisso desta instituição com um projeto de país onde o propósito principal é o bem-estar de todos os cidadãos, reforçando o papel da ciência, tecnologia e inovação como pilar do desenvolvimento econômico, social e humano, devendo estar articulada com as necessidades de saúde da população.
Relatório do VIII Congresso Interno
Especificamente, no que concerne à ampliação da sua capacidade de internacionalização
na Educação, na pesquisa e inovação, saúde e ambiente, a Fiocruz se propõe a implementar estratégias e ações, monitorada por indicadores conforme estabelecido na Política de Educação de Internacionalização da Fiocruz aprovada pelo CD Fiocruz.
Pretendemos ampliar a inserção internacional da Fiocruz na educação, na ciência, na tecnologia e na produção de conhecimento de fronteira, através da criação de ambientes integradores inclusivos de trabalho em rede capazes de atrair estudantes e pesquisadores para estudo com visão multidisciplinar de grandes temas globais e que reforcem o papel da Fiocruz como instituição articuladora da cooperação norte-sul e sul-sul em educação, ciência e tecnologia para a saúde. De acordo com pesquisa realizada pela C A P E S e m 2 0 1 7 (http://www.capes.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/8621-internacionalizacao-do-ensino-superior-precisa-avancar-sugere-estudo-da-capes), da qual a Fiocruz foi uma das instituições analisadas, a internacionalização é um processo necessário ao compartilhamento do conhecimento e pode ser entendida como um movimento amplo e dinâmico envolvendo ensino, pesquisa e prestação de serviços para a sociedade. Através da internacionalização, a interação entre instituições de diversos países pode fazer frente a desafios colocados por uma sociedade globalizada, e atender a questões específicas, através do intercâmbio de experiências. Conceitualmente, podemos categorizá-la em dois tipos: a passiva, onde ocorre a mobilidade de docentes e discentes para o exterior; e a ativa, onde o fluxo é inverso. Segundo a pesquisa, na maioria das instituições brasileiras o processo está fortemente apoiado na modalidade “passiva”, com baixas taxas de atração de pesquisadores estrangeiros. O status da internacionalização na Fiocruz reafirma esses achados, é indicado neste projeto como um de nossos pontos fracos e está em pauta nas discussões dos diversos colegiados de ensino, no sentido de aperfeiçoar estratégias de atração de docentes e discentes internacionais. Ainda dialogando com a pesquisa da CAPES, concordamos que é necessário um acompanhamento mais acurado do pesquisador brasileiro ao retornar para o país, para que a instituição possa se beneficiar, ainda mais, da apropriação dos conhecimentos adquiridos no exterior. Tal apropriação deve levar em conta desde aspectos acadêmicos, como a consolidação de parcerias que envolvam pesquisas, ações de ensino, publicações em coautoria, até o impacto para a sociedade, através de desenvolvimento tecnológico e da inovação. É importante destacar o papel propulsor que a política de acesso aberto ao conhecimento, adotada pela instituição desde 2014 pode desempenhar em relação aos três eixos transversais. A democratização e a universalização do acesso ao conhecimento nas ciências e humanidades é condição fundamental para o desenvolvimento igualitário e sustentável das nações. Conheça nosso Projeto nos documentos apresentados a seguir.