O acompanhamento de estudantes durante seu percurso formativo na instituição é uma diretriz fundamental da Política de Apoio ao Estudante da Fiocruz, tendo em vista o compromisso com a criação e manutenção de condições adequadas para o acesso, a permanência e a conclusão dos diversos cursos oferecidos por suas unidades e escritórios. Desde 2021, a Vice Presidência de Educação, Informação e Comunicação vem conduzindo pesquisa de egressos, tendo por horizonte a criação de um sistema de acompanhamento de egressos permanente. A pesquisa em pauta busca contribuir para a gestão dos programas de pós-graduação stricto sensu, com foco no doutorado sanduíche. Este relatório apresenta o resultado da pesquisa “A experiência de doutorado sanduíche no exterior: avaliação do Programa Institucional de Internacionalização Capes PrInt-Fiocruz por egressos do doutorado sanduiche”, cujo objetivo é analisar aspectos da vivência destes estudantes em instituições estrangeiras nos seguintes eixos temáticos: experiência no território internacional; produção científica e crescimento profissional; avaliação do programa de internacionalização. No período de setembro de 2019 a outubro de 2024, 104 doutorandos foram contemplados com bolsas sanduíche pelo programa e todos foram convidados a participar da pesquisa, que consistiu na resposta a questionário com perguntas abertas e fechadas nos temas descritos acima. Do universo de convidados, 86 aderiram, totalizando 83% de respondentes. É importante destacar que o ano de 2020 foi marcado pela fase aguda da pandemia por Covid-19, o que possivelmente impactou de forma negativa a experiência internacional de alguns estudantes.
RESULTADOS OBTIDOS:
A pesquisa possibilitou a análise descritiva do perfil dos bolsistas que, em sua maioria, são mulheres brancas e encontram-se na faixa etária de 30 a 39 anos. Foram identificados 18 países de destino e os EUA foi o país com maior número de estudantes, seguido por Portugal e Reino Unido. Os bolsistas avaliaram os seguintes itens: adaptação ao país; estrutura disponibilizada pela Instituição receptora; relação com a instituição receptora; vivência de situações de assédio; suporte financeiro recebido; duração do estagio; avaliação geral da experiência; avaliação da relação com a equipe técnica da CAPES; avaliação da relação com a equipe técnica da Fiocruz. De um ponto de vista geral, pode-se dizer que o programa foi muito bem avaliado pelos egressos. As principais críticas dizem respeito ao valor da bolsa e de outros apoios financeiros. A grande maioria destacou a contribuição do programa para a internacionalização da pós-graduação brasileira, o estabelecimento de redes e o crescimento profissional. Em relação ao aproveitamento do treinamento no exterior nas atividades diárias atuais, 90% respondeu que está aproveitando o conhecimento adquirido para a prática profissional e 92% declarou que a experiência vivida contribuiu para a qualidade de trabalho nas atividades no Brasil.